Viver rodeado de amigos melhora a autoestima, controla o estresse e aumenta a produtividade no trabalho.

Diversas pesquisas ao redor do mundo têm comprovado que ter uma vida social ativa é tão importante para a saúde quanto manter uma alimentação saudável e equilibrada, beber ao menos 2 litros de água por dia, praticar atividade física regularmente, exercitar a mente e desfrutar de boas horas de sono. Isso porque, somos seres sociáveis por natureza, possuímos estruturas cerebrais que fazem com que busquemos e necessitemos dos relacionamentos para viver, nos desenvolver e nos sentirmos realizados. Em outras palavras: precisamos manter uma relação de companheirismo, proteção, lealdade e compreensão com alguém. As amizades servem de combustível para enfrentarmos os desafios do dia a dia ao compartilharmos experiências boas e ruins.

De acordo com um estudo da Universidade de Sussex, na Inglaterra, realizado em 2015 com 409 jovens, aqueles que tinham ao menos um amigo próximo, sabiam lidar melhor com os problemas, tinham uma maior capacidade de resistir às adversidades e mantinham uma perspectiva de vida equilibrada.

Bem-estar em alta, estresse em baixa

Os amigos também ajudam na construção e manutenção da nossa autoestima, já que eles influenciam a visão que temos sobre nós. Quando nos sentimos aceitos e queridos por alguém ou por um grupo, ganhamos, automaticamente, mais segurança emocional. Além disso, ficar na companhia de quem nos quer bem faz o corpo liberar substâncias que proporcionam a sensação de bem-estar e relaxamento, como os neurotransmissores dopamina e serotonina.

A amizade também tem uma influência positiva no controle e redução do estresse, considerado como um dos principais inimigos da saúde. Isso porque, ter com quem dividir o peso das vivências difíceis faz com que a gente atravesse as situações com muito mais tranquilidade. Com esse vilão sob controle, é possível diminuir os riscos de desenvolvimento de problemas como depressão, ansiedade, fibromialgia, doenças cardíacas e respiratórias, entre outros.

A importância da amizade no envelhecimento

Ter uma rede social é importante em todas as fases da vida, mas, especialmente para os idosos, as amizades podem fazer toda a diferença, já que o envelhecer provoca muitas mudanças nas relações familiares e com as pessoas ao nosso redor. “Desde a década de 1980, a gerontologia tem investigado os aspectos psicológicos e sociais que estão envolvidos na velhice. E os pesquisadores começaram a estudar quais os benefícios dessa rede de socialização e se isso tem alguma interferência na saúde dos idosos. Alguns estudos mostram que a pior coisa para os idosos é a solidão, que os coloca em um estado de inércia e depressão, promovendo uma piora na qualidade de vida. E de acordo com estudos do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, as amizades se mostraram como prevenção à depressão e foram capazes de diminuir o risco outras desordens psicológicas”, explica Liliana Seger, doutora em psicologia pelo Instituto de Psicologia da USP.

Impacto positivo no trabalho

Criar laços de amizade com alguém também tem efeito positivo no ambiente corporativo. Uma pesquisa conduzida em 2018, pela Gallup, nos EUA, mostrou que ter um melhor amigo no trabalho ― além de trazer sensação de bem-estar ― aumenta em sete vezes o nível de comprometimento com as tarefas, além de melhorar a qualidade do trabalho e diminuir os riscos de acidentes laborais.

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