Aromaterapia para pets: cães e gatos podem se beneficiar com o tratamento
Absorvidos pelo olfato e através da pele, os óleos essenciais extraídos de plantas flores e frutos são eficazes para solucionar problemas como enjoo, ansiedade, estresse e fadiga.
Desde os primórdios da humanidade as plantas são usadas para tratar problemas de saúde. A medicina Ayurveda tem registros sobre essa aplicação que datam de mais de 2.000 a.C.. Uma das substâncias mais extraídas de plantas, flores e frutos são os óleos essenciais, matéria-prima da aromaterapia. De acordo com registros, o termo foi publicado pela primeira vez em 1920, pelo químico francês Maurice René de Gattefossé. Os óleos essenciais possuem diversos benefícios e sua absorção se dá pelo olfato e através da pele. Assim, podem ser inalados, aplicados topicamente ou via banhos aromáticos. E, engana-se quem pensa que as vantagens da aromaterapia é uma exclusividade dos humanos, os animais também podem ser beneficiados por esse tipo de tratamento, principalmente cachorros e gatos.
Segundo Renata Piazera, farmacêutica e CEO da Fórmula Animal, o mecanismo de ação da aromaterapia é bastante simples. “Após o início da terapia com o óleo essencial, acontece o estímulo e liberação de substâncias químicas no cérebro, o que, consequentemente, permite a regulação de várias funções do organismo. Desta forma, a utilização de óleos essenciais na medicina veterinária auxilia na manutenção da saúde e qualidade de vida dos animais”, explica.
Indicações e cuidados de aplicação
Os bichinhos podem se beneficiar da aromaterapia em diversas situações, como enjoo, ansiedade, estresse e fadiga, entre outros. Os óleos essenciais podem ser manipulados em forma de gotas, roll-on ou difusor, em farmácias de manipulação veterinária. Em relação aos cuidados de aplicação da terapia, é importante ressaltar que os animais possuem o olfato muito mais apurado do que os humanos, assim como sensibilidade de pele. Logo, os óleos essenciais não devem ser utilizados no rosto, nos olhos e no nariz do pet. O ideal é que a aplicação seja feita na parte interna das orelhas ou na nuca, dando preferência para a região com menos pelo.
A farmacêutica também alerta que os óleos essenciais devem ser usados com muita cautela. Eles são seguros desde que sejam preparados com a concentração permitida para cada espécie, no caso de blends em roll-on. Outro ponto é em relação à exposição do pet ao difusor de óleo essencial. É necessário checar a indicação do óleo e o tempo de exposição permitido para cada espécie, caso contrário, a terapia pode ter o efeito contrário e ser prejudicial ao animal. A aromaterapia em difusor nunca deve ser feita em ambientes fechados, deve-se sempre deixar uma “área de escape”, para que o animal consiga sair do local, caso se sinta mal.
Aromas mais utilizados
Existem muitas opções de óleos essenciais, mas cinco ganham destaque no tratamento dos pets: lavanda, laranja doce, hortelã-pimenta, gengibre e capim-limão. Confira em quais situações cada uma delas pode ser utilizada:
1. Lavanda
Possui propriedades calmantes e relaxantes, e é ótimo para minimizar a ansiedade e o estresse.
2. Laranja doce
Seu perfume é cítrico e tem propriedades calmantes. Apresenta-se como uma ótima opção para acalmar a mente e aliviar sentimentos de irritação.
3. Hortelã-pimenta
É indicado para aliviar a tensão mental e a fadiga, além de ser eficaz para enjoos, já que reduz a sensação de náuseas.
4. Gengibre
Também é uma excelente opção para tratar enjoo, principalmente quando é associado ao óleo essencial de hortelã-pimenta.
5. Capim-limão
Também conhecido como lemongrass, tem ação analgésica, anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral, sedativa, digestiva, antirreumática, calmante, antitérmica, antiespasmódica, antimicrobiana, além de atuar como repelente de insetos.