Com os cuidados certos, a atividade física para gestante traz diversas vantagens para a mãe e a criança. Confira!

Todo mundo sabe que as atividades físicas levam diversos benefícios para pessoas de diferentes perfis, desde crianças até adultos. O que difere para cada um é a avaliação sobre qual tipo é o melhor para a condição de cada um, de acordo com a fase de vida em que se está, idade e estado de saúde, entre outros fatores. E isso também vale para o período gestacional. 

Aliás, isso é um fato: os exercícios físicos devem estar presentes na gravidez. Só que os devidos cuidados precisam ser tomados. Nesse sentido, vai a dica número um: buscar orientação com o obstetra que acompanha essa gestação. Com isso, mamãe e bebê tendem a ganhar muito, não só em termos de saúde, mas de elo emocional e vínculo fortalecido. Afinal, as vantagens são para o corpo e a mente, trazendo muito bem-estar.

Para quem ainda tem dúvidas sobre os benefícios, tipos de exercícios permitidos e os cuidados que precisam ser tomados, leia abaixo.

Benefícios dos exercícios na gestação

Os exercícios físicos para grávidas trazem diversas vantagens para a saúde. Eles diminuem o risco de diabetes e hipertensão gestacional, complicações e ganho de peso. Também amenizam dores e edemas. 

Outra vantagem é a melhora do bem-estar, pois agem contra a ansiedade e a depressão, ao mesmo tempo em que aumentam a autoestima da gestante e a qualidade do sono dessa futura mamãe. Além disso, a mulher que praticou atividade física durante a gestação pode sentir uma melhor progressão na hora do trabalho de parto.

“Os exercícios levam a melhora da postura e da musculatura do assoalho pélvico, das condições musculares em geral e da condição aeróbica. Com isso, a mulher terá melhor resistência física e psicológica para o período do trabalho de parto, facilitando essa condição e, mesmo para a recuperação após uma cesárea, ela terá benefícios. A recuperação do peso pré-gestacional também é mais fácil”, afirma Mônica Fairbanks de Barros, médica ginecologista e obstetra.

Além disso, ainda segundo a doutora, a melhora do metabolismo materno leva a um adequado ganho de peso do bebê, melhorando suas condições de nascimento e chances de parto normal.

Mas, afinal, grávida pode fazer exercícios? 

Sim! De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mulheres grávidas com autorização do seu obstetra, e sem contra indicação, podem fazer pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica durante a semana, com intensidade moderada. Exercícios de fortalecimento muscular também devem ser incluídos nessa rotina para trazer benefícios à saúde.

Inclusive, um estudo feito em 2022 por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-SP) mostrou que a gestante que cumpre essa recomendação de tempo diminui as chances de o bebê desenvolver diabetes e obesidade na infância.

Quais exercícios as grávidas podem fazer?

Depois que a gestante foi liberada por seu obstetra, ela pode praticar exercícios como caminhar, dançar e subir escadas, além de alongamentos, respeitando os limites das suas articulações. É o que explica a Dra. Mônica: “As atividades aeróbicas também podem ser feitas, como correr, pedalar e caminhar em um ritmo não muito intenso, mas ligeiramente cansativo. Costumo dizer que os exercícios na gestação não devem ser encarados como treino, mas como manutenção”, explica.

Além disso, a médica diz que as atividades com pesos ou musculação, desde que orientadas por um profissional responsável, podem ser feitas de uma maneira mais lenta. “Por fim, são bem-vindos os exercícios aquáticos, como natação, hidroginástica e caminhadas com a água na altura da cintura”, complementa. 

Tome nota: cuidados necessários

Em casos de intercorrências clínicas ou sangramentos, não se deve praticar nenhuma atividade física. Fora isso, os exercícios físicos podem ser feitos de forma individualizada desde o começo da gestação, devendo ser alternados com dias de descanso para recuperação muscular. 

“O ideal é sempre ter a orientação de um profissional educador físico ou fisioterapeuta, para exercitar os principais grupos musculares, membros superiores e inferiores, com pouca sobrecarga. Também deve-se evitar exercícios de apneia, isométricos ou qualquer um que possa aumentar a resposta pressórica”, enumera a médica.

A Dra. Mônica também lista algumas atividades que devem ser evitadas: abdominais após as 16 semanas, período em que o útero já crescido pode ser estimulado a desencadear contrações; exercícios intensos, em lugares muito quentes ou que sejam muito longos, para não ter hipertermia ou desidratação; e aqueles que possam ter impacto ou traumas, como os esportes em geral. 

Outros dois cuidados de extrema importância são: manter a hidratação e fazer alongamentos leves, antes e depois dos exercícios. 

Pratique!

As melhores condições emocionais da gestante facilitam o vínculo entre mãe e filho. Portanto, com orientação correta e liberação médica, pratique exercícios físicos. Que tal começar agora?

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