Incorporar a modalidade ao dia a dia proporciona a melhoria da circulação e da pressão arterial, além de proteger o coração, melhorar a capacidade respiratória e, de quebra, contribuir para o emagrecimento

O ato de caminhar faz parte da evolução humana. E essa habilidade instintiva vai muito além da locomoção, já que contribui para a melhora da saúde e da qualidade de vida, além de apresentar vantagens em relação a outros tipos de atividades físicas. A primeira delas é que a caminhada é uma modalidade que não demanda investimento financeiro, basta vestir roupas e calçados confortáveis para praticá-la. Outro ponto é que pode ser realizada a qualquer hora do dia e não exige aptidão ou conhecimentos avançados. Logo, pode fazer parte da rotina de todas as pessoas.

Desta forma a modalidade pode ser uma boa alternativa para sair do sedentarismo, um dos principais fatores que levam ao desenvolvimento de problemas crônicos de saúde como hipertensão, diabetes e obesidade. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 47% da população brasileira é sedentária. Já dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) classificam o Brasil como o país mais sedentário da América Latina e como o quinto colocado, no ranking mundial.

Caminhe rumo aos benefícios

A caminhada é capaz de proporcionar benefícios a diversas partes do corpo. “Dentre eles, podemos destacar a melhoria da resistência cardíaca e respiratória, de forma leve, mas contínua; a proteção de músculos, articulações e ossos; além da prevenção e tratamento de doenças como diabetes e hipertensão arterial, evitando problemas mais graves, como o infarto do miocárdio e o derrame cerebral”, explica Páblius Staduto Braga, médico do esporte do Hospital Nove de Julho, de São Paulo (SP), com titulação pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Mas, será que há uma média diária de passos que precisamos dar para conquistar esses benefícios? A resposta é sim. “O indicado é que a pessoa dê 10.000 passos por dia, que podem ser fracionados ao longo do dia, em sessões de 15 minutos”, orienta Braga.

Cuidados na hora de praticar

De acordo com Braga, é importante ficar atento aos sinais do corpo durante a prática da modalidade. Assim, fique atento em relação a dores nas articulações, como dos joelhos, tornozelos e quadril, além de observar a presença de sintomas cardíacos com pequenos esforços. Ao menor sinal de alterações, é fundamental que você procure um médico para se consultar.

Caminhar é bom para…

Melhorar o humor

Durante a prática da atividade, o sistema nervoso central libera endorfina na corrente sanguínea, promovendo um sentimento de prazer e de bem-estar.

Emagrecer

Quando praticada com uma frequência alta, de cinco a seis vezes na semana, a modalidade estimula os processos metabólicos e, com isso, proporciona um gasto maior de energia. 

Melhorar a circulação

Colocar o corpo em movimento faz com que a musculatura da parede dos vasos sanguíneos ajude a impulsionar o sangue até as extremidades, favorecendo o retorno venoso.

Proteger o coração

A caminhada ajuda a controlar a pressão arterial, já que regula o ritmo de bombeamento do sangue pelo coração, fazendo com que o corpo melhore os processos de trocas gasosas e metabólicas. Com a pressão sanguínea controlada e os vasos mais elásticos, as chances de as artérias ficarem obstruídas são menores.

Garantir mais disposição e relaxamento

A prática da atividade faz o corpo produzir endorfina e adrenalina, proporcionando mais disposição durante o dia. No fim do dia, o praticante regular consegue conquistar o chamado sono reparador, ou seja, aquele que promove uma maior recuperação do corpo.

Afastar a osteoporose

O ato de caminhar gera impacto sobre o esqueleto, agregando benfeitorias à musculatura óssea, já que não só diminui a perda de massa óssea no fêmur, como ajuda em seu ganho.

Controlar o diabetes

A caminhada favorece a atividade do pâncreas e do fígado. Assim, quem tem diabetes tipo 2 se beneficia com uma maior liberação de insulina, responsável por absorver a glicose das células.

Aumentar a capacidade pulmonar

A modalidade melhora o aproveitamento de oxigênio pelos pulmões e diminui a sensação de cansaço.

Melhorar a saúde do cérebro

Os efeitos positivos da oxigenação cerebral sobre as funções cognitivas são perceptíveis ao aderir a prática: a concentração aumenta e a memória fica a todo o vapor. Além disso, os níveis de estresse caem consideravelmente. 

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