Animais de estimação assumem o papel de companheiros, além de ajudarem na prevenção e no combate de diversas doenças entre o público da terceira idade

Os animais de estimação são conhecidos por serem amorosos e ótimas companhias para pessoas em diferentes fases da vida. Com essas características, muitas vezes são tidos como membros da família, estabelecendo assim uma forte ligação com seus donos. Por isso, os bichinhos também podem colaborar muito com seus tutores quando o assunto são os cuidados com a saúde física e mental, principalmente na terceira idade.

Nessa fase da vida, muitas pessoas acabam tendo o volume de tarefas do dia a dia reduzido em função da aposentadoria, uma mudança de rotina que pode levar alguns idosos a se tornarem mais sedentários, se sentirem mais sozinhos ou até mesmo desenvolver depressão. 

Para combater todas essas questões, assumir a responsabilidade de cuidar de um animalzinho pode ser de grande valia, como explica Eduardo Paula Mattos, médico veterinário especializado em ortopedia animal.

“Ter o compromisso de cuidar de uma outra vida com responsabilidade, gera carinho, respeito e maior atenção. A rotina do animal pode ajudar também no cotidiano, dando ao idoso horários definidos de passeio e de alimentação, além de momentos para cuidados com a saúde e a higiene do pet. Tudo isso ajuda a fortalecer o propósito diário da pessoa”, comenta o doutor.

Impacto na saúde

De acordo com uma pesquisa de 2021 do projeto National Pet Month (Reino Unido), 94% dos donos de pets entrevistados relataram que seus animais trouxeram impacto positivo para a sua saúde, 89% afirmaram que se sentem mais felizes e 50% disseram que estão mais calmos.

“Os estudos mostram que os pets melhoram o humor e a disposição dos idosos, ao mesmo tempo em que auxiliam na prevenção de doenças, como a diminuição da pressão arterial, e trazem mais segurança. Além disso, ter um bichinho ajuda ainda a diminuir o sedentarismo, amenizar o estresse e a ansiedade, além de favorecer a socialização fora de casa”, conta o médico veterinário.

E os benefícios não param por aí. Outras pesquisas mostram que os pets também ajudam quando o assunto é saúde física. Um exemplo disto foi o que a Universidade de Michigan (EUA) revelou: ter um bichinho de estimação pode ajudar a retardar o declínio cognitivo ao longo do processo de envelhecimento. 

Qual pet escolher?

Segundo o doutor, a princípio todos os animais podem ser ótimos companheiros para o caos aqui tratado. “Tudo vai depender do que o idoso gosta. Os cães e gatos são os preferidos, mas existem os que se identificam mais com pássaros e outros já gostam de tartarugas. O melhor de tudo isso é escolher o animal com o qual mais se identificar, e fazer dele um parceirinho”, diz.

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