Intoxicação alimentar: confira 6 dicas para te ajudar no tratamento
Entender o que comer quando está com intoxicação alimentar é crucial para curar esse desconforto
Se você já teve intoxicação alimentar sabe que essa experiência pode ser muito desagradável. Náusea, vômitos, diarreia, febre e dores abdominais são alguns dos sintomas que chegam a durar dias, dependendo do caso. E mesmo que o tratamento seja simples, sempre existem dicas que podem dar aquela ajudinha extra para aliviar o desconforto. Quer saber quais são elas? Vamos lá!
O que é intoxicação alimentar?
Para começar, entenda o que é a intoxicação alimentar. De acordo com Sandra da Silva Maria, nutricionista da Clínica Gastro Obeso Center, esse é um problema de saúde que acontece pela ingestão de água ou alimentos contaminados, por meio de bactérias e vírus, além de formas menos habituais – fungos, parasitas, componentes tóxicos ou produtos químicos.
“Essa contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos. Os principais agentes causadores são as bactérias Salmonella, Shigella, Escherichia Coli, Staphilococus e Clostridium e os Rotavírus”, explica.
Também é importante ficar ligado nas comidas e bebidas mais associadas à essa condição. Anota aí quais são elas: água contaminada, carnes, frango, peixes, crustáceos, frutos do mar, leite e derivados, embutidos e conservas. Elas também devem estar na lista do que não pode comer quando está com intoxicação alimentar.
Portanto, se você ingeriu alguns desses itens recentemente e sentiu náuseas, vômitos, diarreia aquosa, dor abdominal, cólicas e febre saiba que pode ser sim um quadro de intoxicação alimentar.
“Normalmente, os sinais começam horas após a ingestão do alimento contaminado e perduram por 10 dias. Em casos com muitos episódios de vômitos e diarreia recomenda-se procurar um médico”, diz a nutricionista.
Medidas para evitar a intoxicação alimentar
Algumas medidas simples podem fazer toda diferença para evitar a intoxicação alimentar. Primeiro, a velha e boa dica de lavar as mãos frequentemente, fazendo a higienização da forma correta, principalmente, antes de manusear alimentos e após usar o banheiro.
Depois, segundo Sandra, é importante seguir algumas práticas de manipulação de alimentos para evitar a intoxicação alimentar. São elas:
- Verificar a caixa d’água e fazer a limpeza correta dela;
- Lavar as verduras cruas e frutas e deixar em sanitizante;
- Manter os alimentos perecíveis sob refrigeração;
- Após o cozimento, não deixar o alimento fora da refrigeração ou exposto;
- Manter o ambiente sempre bem limpo.
“Alimentos perecíveis necessitam ser refrigerados em temperatura adequada, para que não ter proliferação de microrganismos. Já os mais secos devem ser armazenados em ambiente longe de umidade, para que não sofram com a ação dos fungos”, conta Sandra.
Com todas essas dicas, as chances de desenvolver esse problema de saúde são menores. Mas, e se você já está com essa condição? O que fazer? O que comer e o que não pode comer quando está com intoxicação alimentar? Vamos lá!
O que fazer quando está com intoxicação alimentar?
É importante entender que os sintomas da intoxicação alimentar podem resultar na perda de líquidos e eletrólitos essenciais para o bom funcionamento do organismo. Então, com as dicas abaixo, seu corpo pode se recuperar mais rápido. Quer seu bem-estar de volta? Fale com um médico e preste atenção nas seis observações abaixo.
- Mantenha a hidratação: a diarreia e o vômito podem levar à desidratação, então a ingestão de líquidos – principalmente água – é de extrema importância. Lembre-se que a hidratação auxilia no funcionamento do organismo e facilita a eliminação de toxinas do corpo. Prefira água, chás ou sucos de frutas como limão, goiaba e maçã, segundo Sandra.
“Em casos de vômitos e diarreia, há a necessidade de repor a quantidade de líquidos perdidos pelo organismo. Por isso, o tratamento recomendado para alguém que suspeita de intoxicação alimentar tem muita hidratação e, em casos graves, a reposição endovenosa de soro”, explica a nutricionista.
- Escolha um repositor eletrolítico: sódio, cálcio, magnésio e potássio são exemplos de eletrólitos que atuam em funções corporais, como músculos e sistema nervoso, além de colaborarem com o equilíbrio de água. Em quadros de vômitos e diarreia, o organismo pode facilmente sofrer essas perdas, então bebidas de reposição eletrolítica são fundamentais para a recuperação. A água de coco é uma ótima opção!
- Busque uma alimentação leve: o sistema digestivo sofre em uma intoxicação alimentar, afinal, ele fica inflamado. Por isso, consumir alimentos leves e de fácil digestão são dicas primordiais para uma boa recuperação e o alívio dos sintomas. “Priorize comidas com características obstipantes, como batata, mandioca, mandioquinha, frango cozido sem pele e sopa de legumes”, enumera a nutricionista.
Confira a receita: sopa de abóbora e gengibre!
Evite alimentos gordurosos e folhas cruas: Sandra afirma que um paciente não deve comer durante a intoxicação alimentar os alimentos ricos em gordura, como coco e abacate, além de oleaginosas, frituras, frango com pele, saladas cruas, frutas com cascas, doces, leite e derivados.
Esses alimentos são difíceis de digerir e podem aumentar ainda mais o desconforto gastrointestinal (diarreias e cólicas, por exemplo), ou seja, os sintomas não vão embora e o sistema digestivo trabalha mais do que deveria. Por isso, durante o tratamento de uma intoxicação alimentar, dê preferência a comidas que possuem água, como pepino e melancia, pois são de fácil digestão, além das já citadas.
- Consuma frutas frescas e sem casca: elas possuem diversos benefícios nutricionais, como vitaminas e minerais essenciais para o organismo. Além disso, aquelas que possuem água ou estão sem casca são de simples digestão. A maçã e a pera são ótimas escolhas!
- Prefira o pão branco: fácil de digerir, o pão branco ajuda a diminuir a irritação no sistema digestivo e os sintomas de diarreia e desconforto abdominal. Ou seja, ele consegue fornecer energia sem pesar o trato gastrointestinal que está sensível nesse período.
Você encontra ótimas opções nas linhas: Do Forno; Pão de Forma; e 5 Zeros.
Cuide-se!
Em resumo, prevenir essa condição é possível com práticas simples (mas eficazes) de higiene e segurança alimentar. Com as dicas acima, você protege a si mesmo e a sua família de sintomas desagradáveis. Mas, se você infelizmente, já está passando por esse contratempo, lembre-se: o que comer quando está com intoxicação alimentar faz toda a diferença. Busque sempre se hidratar e seguir uma alimentação equilibrada e segura!