Quais são os tipos de feijão? Veja como consumi-los!
Alimento típico da culinária brasileira, ele é conhecido por ser saboroso e estar em diferentes receitas do país. Mas não é só para o paladar que ele faz sucesso. Ao ver quais são os tipos de feijão e seus benefícios, você perceberá que ele é nutritivo e rico em ferro, vitaminas e minerais.
Segundo um estudo recente da Faculdade de Medicina da UFMG, com base em dados do Ministério da Saúde, tirar ele da dieta pode trazer dificuldades no futuro, inclusive em termos de obesidade.
Nesse sentido, a pesquisa revelou que aqueles que não tiveram feijão no prato aumentaram em 10% as chances de desenvolver excesso de peso e 20% de chegar à obesidade. Enquanto isso, o consumo em cinco ou mais dias da semana mostrou fator de proteção no desenvolvimento de excesso de peso (14%) e da obesidade (15%).
Contudo, com tantas opções disponíveis, como saber qual escolher e seus benefícios?
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Quais são os tipos de feijão? Conheça os 5 principais
Vamos conhecer um pouco sobre cada um deles, suas origens e ainda ver os benefícios do feijão? Confira a lista que fizemos abaixo.
Feijão carioca
O fato mais surpreendente sobre ele é que não tem suas raízes no Rio de Janeiro! Em Portugal, por exemplo, é conhecido como “feijão catarino”. Especula-se que apareceu pela primeira vez em São Paulo, e atualmente é o favorito dos brasileiros.
De acordo com Sandra da Silva Maria, nutricionista da clínica Gastro Obeso Center, o feijão carioca é rico em ferro, fósforo e cálcio.
“Ele auxilia na formação da estrutura óssea e dentes e pode ajudar no tratamento da anemia, além de reduzir o risco de câncer e doenças cardiovasculares”, conta.
Feijão preto
Ao ver quais são os tipos de feijão, esse é o mais indicado para a feijoada, e faz parte da gastronomia de toda a América Latina, incluindo o Brasil.
Os povos guaranis o chamavam pelos nomes de “comanda”, “comaná” ou “cumaná”, o que explica a popularidade que esse feijão observa em nosso país.
O feijão preto é rico em minerais como magnésio, zinco e potássio. “Ele ajuda a combater a deficiência de ferro no organismo, o colesterol e a diabetes. Também pode ser utilizado em dietas para ganho de massa muscular”, explica a especialista.
Ao falar quais são os tipos de feijão, selecionamos os 5 mais comuns dentre as diversas opções disponíveis no mercado para uma variedade de receitas como feijoada, bolinhos, preparos mineiros como tutú e sopas.
Inclusive, uma dica do Ministério da Saúde é que a alternância entre os diferentes tipos e outras leguminosas aumentam a quantidade de nutrientes e traz novos sabores para a alimentação.
Feijão branco
A principal característica que distingue este dos outros é que ele não perde as propriedades nutritivas quando enlatado. Por conta disso, foi muito usado como suplemento em momentos de crise. Essa origem também rendeu a ele o nome de “feijão da marinha”.
Ainda segundo Sandra, quando falamos quais são os tipos de feijão, o branco é rico em cálcio, potássio e vitaminas E e K. Ele possui ação desintoxicante e auxilia na manutenção da glicemia, por ser absorvido mais lentamente pelo organismo.
Assim, promove a sensação de saciedade por mais tempo, sendo a melhor opção para quem pensa em saúde e emagrecimento. “Nesse quesito, ele também se destaca por retardar a absorção do carboidrato. Além desse benefício, a farinha obtida do feijão branco cru ainda contém faseolamina e reduz colesterol”, afirma.
Feijão fradinho
Ele tem os mais variados nomes, de acordo com a região em que é consumido. Suas origens estão no continente africano e, ao contrário do que o nome por aqui pode indicar, não é exatamente um feijão, sendo considerado mais próximo das favas.
Enquanto isso, Sandra diz que o feijão do tipo fradinho é rico em ferro, melhora o sistema imunológico e reduz o risco de degeneração muscular.
Feijão de corda
Além de também contar com a redução de degeneração muscular, assim como o anterior, o feijão de corda se destaca pela fibra fonte de ácido fólico, proteínas, vitaminas (A, C e K), potássio e cálcio, e também auxilia na hipertensão arterial sistêmica.
Qual é o melhor tipo de feijão?
Agora que falamos um pouco quais são os tipos de feijão mais consumidos no Brasil, surge uma dúvida: afinal de contas, qual o melhor dentre todos? A verdade é que não existe uma resposta simples. Cada variedade possui bons usos, de acordo com preferências.
O mais importante é que o feijão esteja adequado para o consumo e seja feito corretamente, já que o alimento cru pode trazer prejuízos à saúde.
Levando em conta esses elementos, pode ser interessante consumir todos os tipos de feijão, em diferentes momentos. As propriedades entre eles mudam, especialmente no caso do fradinho, mas benefícios são observados em todos.
Ou seja: o melhor tipo de feijão é aquele que mais agrada o seu paladar! Isso vale especialmente na hora de elaborar receitas que os utilizam.
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Dicas de como preparar e consumir feijão
E como fazer um feijão delicioso e da forma correta? A nutricionista orienta que o alimento deve ficar de molho antes de passar pelo cozimento, em média de 8 a 12 horas.
Durante esse processo, é importante sempre trocar a água para reduzir o fitato e, assim, melhorar a absorção dos nutrientes, além de reduzir a produção de gases e os desconfortos abdominais.
No preparo, vale ainda diminuir a quantidade de gordura e de sal, além de abusar de ervas aromáticas como louro, cúrcuma e páprica.
Vale a pena conhecer quais são os tipos de feijão nesse momento e ver sua peculiaridade também para experimentar os diferentes sabores.
“O preto é mais conhecido na feijoada ou para bolinhos, mas pode ser usado em um caldo mais grosso como o tutú que, por sua vez, também pode ser feito com o carioca. O branco combina com cassoulet, dobradinha ou saladas. Os três podem ser utilizados em sopas ou como acompanhamento do arroz”, enumera.
Já o fradinho é visto com frequência nas receitas de acarajés, sendo que também pode ser usado como ingrediente em saladas ou acompanhar peixes. Enquanto isso, o feijão de corda pode ser feito de muitas maneiras e combina com arroz, carnes e legumes.
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Contraindicação
“O feijão pode conter uma toxina que afeta pessoas com deficiência na enzima G6PD (glicose 6 fosfato desidrogenase) e que, ao consumir esse alimento, pode desenvolver o Favismo, levando à destruição dos glóbulos vermelhos”, alerta Sandra.
Para quem deseja ainda mais opções, há os feijões verde e vermelho, por exemplo. Ou seja, não há mais desculpas para não consumi-lo e adicionar ainda mais nutrientes ao dia a dia.Só que lembre: toda modificação na alimentação deve ser feita com um acompanhamento de médico ou nutricionista.