Intoxicação alimentar: entenda o que é e como evitar essa condição
Entenda o que é, o que causa e o que ajuda a melhorar a intoxicação alimentar. Aprenda ainda como prevenir e ter uma alimentação mais segura
Comeu algo que não caiu bem e passou mal? Se a resposta foi sim, saiba que você pode ter sido vítima da intoxicação alimentar, uma condição muito comum, que acontece com a ingestão de alimentos ou bebidas contaminados e geram sintomas bem ruins. Dá uma olhada!
“A intoxicação alimentar surge após o consumo de alimentos contaminados por toxinas, produzidas por fungos ou bactérias. Essa condição tem alguns sintomas, como vômitos, náuseas, dor de cabeça, febre, dor abdominal e diarreia. Também pode causar cansaço extremo, fraqueza e desidratação”, explica Carolina Daniela Padilha, nutricionista funcional e esportiva.
Realmente incômodos, esses sinais podem aparecer poucas horas depois de ingerir o alimento contaminado e a duração varia – podem ser alguns dias ou uma semana, por exemplo. “Caso a diarreia e os vômitos persistam por mais de dois dias, é necessário procurar ajuda médica para evitar a desidratação”, orienta a nutricionista.
O diagnóstico de intoxicação alimentar
O diagnóstico é realizado pelo médico diante dos sinais apresentados pelo paciente, com análise ainda do histórico de alimentação. Caso os sintomas sejam persistentes, o médico pode indicar a realização de exame de sangue, para avaliar o estado geral de saúde da pessoa, e um exame de fezes para identificar o agente infeccioso responsável pelos sintomas.
“O maior risco para quem está com intoxicação alimentar é a desidratação decorrente de forte diarreia. Quando esse quadro persiste mais de sete dias, é necessário realizar exame de função renal com amostra de sangue, para a avaliação do funcionamento dos rins, para verificar os níveis de sódio, potássio, ureia e creatinina, que acabam alterados quando há perda intensa de água”, conta Carolina.
O que causa a intoxicação alimentar?
Mas, afinal, o que causa tudo isso? De acordo com a nutricionista, as causas mais comuns são alimentos que foram mal armazenados, que estão fora do prazo de validade ou que não foram preparados seguindo boas práticas de higiene. Eles sofrem a ação de bactérias ou fungos que produzem substâncias tóxicas ao corpo humano.
Ainda segundo Carolina, alguns alimentos têm maior possibilidade de contaminação de microrganismos que produzem essas toxinas e causam a intoxicação alimentar. Anota aí:
- Escherichia coli – presente em carnes de boi e de porco, água não filtrada, contato com fezes contaminadas, leite não pasteurizado ou por contaminação cruzada (geralmente por moscas que levam as bactérias de um alimento para outro) ou por falta de higiene nas mãos.
- Staphylococcus aureus – ovos, massa folhada, leite, peixe e carnes processadas, como presunto. Contaminação por mãos não higienizadas que tocam o nariz.
- Clostridium botulinum – é responsável pelo botulismo, um tipo grave de intoxicação alimentar, que pode causar perturbações neurológicas e até levar à morte. Enlatados, defumados e em conserva.
Por isso, fique atento a esses alimentos e a higienização. Além disso, há grupos de pessoas mais vulneráveis à intoxicação alimentar. “Grávidas, idosos, pessoas debilitadas e crianças possuem mais riscos e devem consultar o médico ao aparecimento dos primeiros sintomas, pois apresentam o sistema imunológico mais fragilizado, o que gera um risco maior de desenvolver sintomas mais graves, como desidratação”, afirma a especialista.
O que ajuda a melhorar intoxicação alimentar?
Algumas medidas ajudam o paciente a melhorar de uma intoxicação alimentar. Veja as dicas da nutri Carolina:
- Hidratação: o tratamento mais indicado é a ingestão de muitos líquidos. Por isso, mantenha o consumo de suco de fruta, água de coco, chás, água e isotônicos.
- Alimentação equilibrada: junto à dica acima adicione uma dieta leve e pobre em gorduras, para facilitar a recuperação do organismo, favorecer a eliminação das toxinas e aliviar os sintomas. Escolha preparos como sopas e caldos, frango, frutas e legumes cozidos, para evitar mais evacuações.
Confira essa receita: sopa creme de abóbora e gengibre.
- Repouso: é importante para se recompor e recuperar a energia.
- Alimentos probióticos: eles também podem ser indicados, já que ajudam a recuperar a microbiota bacteriana, acelerando a recuperação e fortalecendo o sistema imunológico. Mas devem ser utilizados somente depois do uso de antibióticos (caso seja preciso utilizar a medicação no tratamento).
Leia mais: os alimentos que equilibram a flora intestinal.
Como prevenir a intoxicação alimentar?
Agora que você já sabe tudo sobre essa condição, vamos de ótima notícia? Sim! Dá para evitar esse cenário com algumas dicas simples.
“A prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro”, afirma Carolina.
Então, a primeira dica você já sabe: lave bem as mãos! E não só elas, os utensílios e as superfícies também – antes e depois de cozinhar e preparar os alimentos. Outra dica é em relação ao armazenamento. Os produtos perecíveis devem ser refrigerados e alimentos cozidos não devem ficar expostos à temperatura ambiente por muito tempo.
Também é melhor usar tábuas de corte e utensílios diferentes para carnes cruas e outros alimentos. Não esqueça de fazer a higienização das hortaliças e das frutas. E, sempre, compre alimentos frescos e produtos de lugares de confiança e que estejam dentro da data de validade.
Uma consulta com um médico ou um nutricionista é fundamental para mais orientações.
Fique ligado!
A intoxicação alimentar é realmente um incômodo e ninguém quer lidar com ela, é claro. Mas é importante ter em mente que é algo evitável com algumas medidas simples. Basta se atentar à higiene, além de tomar cuidado com o armazenamento e o cozimento dos alimentos. Se mesmo assim os sintomas surgirem, busque orientação médica e siga as recomendações de hidratação e descanso.