Intolerância ao glúten causa dor de cabeça? Quais os efeitos do glúten no organismo? Entenda os sinais e saiba como lidar com essa condição no dia a dia

A intolerância ao glúten é uma condição que pode impactar significativamente a vida de quem a possui, mas com o diagnóstico correto, acompanhamento médico e dieta adequada, é possível viver plenamente e desfrutar de uma rotina cheia de equilíbrio e disposição. 

A Wickbold está aqui para ajudar você nessa jornada, não só oferecendo opções deliciosas e sem glúten que promovem o seu bem-estar, mas com informações sobre essa condição. Por isso, nossa equipe conversou com o Dr. Alexandre Buzaid Neto, gastroenterologista, sobre o assunto. O médico foi presidente da Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição do Estado de São Paulo em 2019/20 e voltará a ocupar o cargo em 2025/26. Veja abaixo!

O que é glúten?

O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, cevada, aveia e centeio, que podem ser utilizados na composição de alimentos, alguns medicamentos e bebidas industrializadas, além de cosméticos e outros produtos que podem sim afetar o celíaco. 

Em termos simples, essa proteína dá elasticidade às massas e ajuda os alimentos a manterem sua forma. É importante ressaltar ainda que ele não desaparece quando comidas são assadas ou cozidas, portanto, quem sofre com a intolerância ao glúten ou a doença celíaca deve seguir uma dieta à risca e sem contaminação cruzada. Mesmo em caso de alimentos certificados, é importante consultar um médico para saber se pode consumir esse produto.

Em resumo, para muitas pessoas, o glúten não apresenta problema algum, mas para outras, pode ser a causa de várias complicações de saúde. E é isso que vamos explicar hoje.

Doença celíaca X Sensibilidade ao glúten não celíaca

Autoimune, a doença celíaca é desencadeada pela ingestão de glúten em pessoas geneticamente predispostas. Funciona basicamente assim: o corpo delas dispara uma resposta imunológica que ataca o intestino delgado e interfere na absorção de nutrientes dos alimentos. 

Por isso, sem um diagnóstico (feito por meio de exames de sangue e confirmado por uma biópsia do intestino) e tratamento adequado (adesão a uma dieta 100% livre de glúten ao longo da vida), a doença pode levar a diversas complicações graves de saúde, como anemia, osteoporose, infertilidade, fibromialgia, doenças neurológicas, entre outras.

Já a Sensibilidade ao glúten não celíaca é uma condição com sintomas semelhantes aos da doença celíaca, mas sem atrofia nas vilosidades intestinais ou outros marcadores autoimunes. Pessoas com essa condição apresentam sintomas como confusão mental, depressão, dor e distensão abdominal, diarreia, constipação, dores de cabeça, dores ósseas ou articulares e fadiga crônica. 

“Nós suspeitamos desse diagnóstico quando os pacientes têm resultados negativos nos exames de doença celíaca ou alergia ao trigo, mas os sintomas diminuem após iniciar uma dieta livre de glúten. Dessa forma, o diagnóstico é confirmado por um retorno dos sintomas quando o glúten é reintroduzido na dieta. Isso porque não há cura e o único tratamento é seguir uma dieta livre de glúten”, conta Dr. Alexandre.

Já a intolerância ao glúten não é formalmente reconhecida como um diagnóstico médico específico e sim como um termo mais amplo que descreve uma dificuldade na digestão da proteína glúten. Os sintomas estão relacionados ao processo de digestão. Os testes sorológicos são negativos e a biópsia intestinal é normal.

Sintomas de intolerância ao glúten

Segundo Dr. Alexandre, para reconhecer os sintomas de intolerância ao glúten, é importante estar atento a sinais como diarreia ou prisão de ventre crônica, distensão abdominal, aftas, vômitos e dor abdominal. 

Outros sinais incluem depressão, desnutrição, anemia, fadiga crônica, falta de apetite, irritabilidade, osteoporose, mancha nos dentes, e até complicações mais graves como infertilidade e doenças neurológicas.

“Existem mais de 300 sintomas ligados à doença celíaca e variam de pessoa para pessoa. Importante saber que ela pode aparecer em qualquer idade e se manifestar como dermatite herpetiforme, que é a doença celíaca na pele”, ensina.

Outras desordens relacionadas à ingestão de glúten são a ataxia de glúten, uma doença neurológica que resulta em problemas de coordenação e equilíbrio, e outras condições autoimunes como artrite reumatoide e lúpus. É o que conta o Dr. Alexandre.

Como é diagnosticada a intolerância ao glúten

O processo de diagnóstico geralmente começa com uma análise dos sintomas do paciente em consulta, que podem incluir os desconfortos já citados após o consumo de alimentos com glúten. Depois disso, é a vez de analisar possíveis condições como a Doença Celíaca e a Alergia ao Trigo, que podem causar sintomas semelhantes a intolerância ao glúten.

Para isso, são feitos exames de sangue, que são úteis especialmente em pacientes com ausência de sintomas gastrointestinais, doenças associadas à celíaca e parentes de primeiro grau assintomáticos. Eles também ajudam a definir quais pessoas devem passar para a segunda etapa: a biópsia do intestino delgado, o método mais confiável para confirmar o diagnóstico de doença celíaca, feita por endoscopia digestiva alta, como explica Dr. Alexandre.

Se a doença celíaca e a alergia ao trigo forem descartadas, o paciente provavelmente será orientado a seguir uma dieta sem glúten, por um período determinado pelo médico, para observar a melhora dos sintomas. Após esse tempo, a proteína volta a fazer parte da dieta do paciente e é feita uma avaliação do retorno dos sinais. Se eles voltarem com essa reintrodução, isso sugere uma intolerância ao glúten.

O diagnóstico de intolerância ao glúten pode ser desafiador e requer um trabalho conjunto entre o paciente e o médico. Por isso, o acompanhamento em consultas é fundamental.

Receitas sem glúten para uma rotina equilibrada

Agora que você já sabe mais sobre os sintomas e diagnósticos da intolerância ao glúten, que tal conferir algumas receitas deliciosas e sem glúten para incluir no seu dia a dia? Afinal, como o Dr. Alexandre explicou: “não há cura para essa sensibilidade e o único tratamento é seguir uma dieta livre de glúten”. 

  1. Toast de Espinafre, Queijo Feta e Ovo Frito: uma opção nutritiva e saborosa para o café da manhã ou brunch, que combina espinafre, queijo feta e ovo frito sobre um pão sem glúten. (Clique aqui)
  2. Toast de Cogumelos com Tofu: repleto de proteínas e sabor, esse toast é ideal para quem busca uma refeição leve e ao mesmo tempo cheia de ingredientes incríveis. (Clique aqui)
  3. Quiche de Tomatinhos e Espinafre: uma receita deliciosa e cheia de nutrientes, perfeita para um almoço ou jantar rápido e sem glúten. (Clique aqui)
  4. Pudim Sem Glúten na Caneca: uma sobremesa fácil e rápida de preparar, ideal para matar a vontade de doce sem sair da dieta. (Clique aqui)
  5. Super Bowl Gluten-Free: uma opção diversificada e nutritiva, que inclui uma mistura de vegetais, grãos e proteínas em uma só refeição. (Clique aqui)

Conclusão

Compreender os sintomas de intolerância ao glúten e obter um diagnóstico preciso é crucial para um tratamento eficaz que envolve uma dieta rigorosamente livre de glúten. E fique tranquilo, pois ao adotar esse estilo de vida, você pode viver integralmente e manter uma rotina equilibrada com receitas deliciosas. Continue nos acompanhando para mais dicas e preparos que tornarão sua alimentação sem glúten fácil e saborosa. 

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